A escassez de forragem de boa qualidade pode ser apontada corno uma das causas da baixa produtividade de pecuária brasileira, especialmente, da nordestina. Consciente do problema, o pecuarista vem ocupando as melhores áreas da fazenda com forrageira que, embora aumentem a produção de alimentos, pouco contribuem para melhorar a qualidade da forrageira. O Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará, com apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento Cientifico a Tecnológico (FUNDECI) do Banco do Nordeste do Brasil S/A, desenvolveu pesquisas com o objetivo de oferecer aos criadores alternativas viáveis de melhoramento da alimentação dos rebanhos. Entre as inúmeras forrageiras avaliadas, destaca-se a Cunhã.
Descrição da Planta
A Cunhã forrageira é uma leguminosa tropical perene, originária da Ásia. Apresenta caules finos, com grande massa foliar, portanto adequada à produção de feno de ótima qualidade e vem mostrando excelente adaptação à condições ecológicas diversas.
Valor nutritivo produtividade e palatabilidade
Os estudos realizados mostraram que a Cunhã forrageira, se adequadamente irrigada, pode ser cortada a intervalos de 42-56 dias para produção de feno, quando apresenta em média até 26% do proteína bruta na matéria seca. Podem ser efetuados até nove (9) cortes por ano, obtendo-se uma produção média de duas toneladas e meia de feno hectare por corte.
Baixos Riscos / Custos Baixos e Lucros
Através de uma avaliação econômica no cultivo da CUNHÃ concluiu-se que esta forrageira é uma alternativa de pouco risco e baixo custo para o produtor, apresentando excelente adaptação às condições ecológicas do NE. A rusticidade a adaptação desta leguminosa permite seu cultivo sem maiores exigências tecnológicas, podendo ser produzida nas propriedades que dispõe de um mínimo de água.
A conclusão de 1 (um) dos muitos trabalhos realizados foi de que o consumo de proteína pelos animais indicou que a CUNHÃ atende as necessidades de CAPRINOS E OVINOS mesmo para os de categoria mais exigente.
Produção de forragem
A melhor massa de folhagem de CUNHÃ para produção de feno é obtida quando a cultura irrigada é cortada a intervalos de 42-56 dias e para consumo na forma verde a intervalos de 71-84 dias, com uma altura de corte não inferior a 10 cm. A irrigação independente do sistema, deve ser feita semanalmente. Durante o período chuvoso o crescimento vegetativo será aproveitado para recuperação da cultura, ao passo que durante a estação seca o aproveitamento será exclusivamente feito mediante os cortes para fenação ou forragem verde a intervalos regulares.
A CUNHÃ pode ser cultivada também em regime de sequeiro, aproveitando-se a produção na estação das chuvas, para pastoreio ou corte deixando-se em repouso durante o período seco.
Tratos Culturais
A primeira limpa deverá ser feita com, aproximadamente, 30 dias, após o plantio, ou quando ocorrer grande infestação de ervas daninhas. Geralmente, haverá necessidade de duas limpas entre o plantio e o primeiro corte e, posteriormente, uma capina após cada corte.
Preparo do Feno
Para a produção do feno, após o corte, a massa verde deverá permanecer no campo, espalhada por 5 ou 6 horas, para murchar; em seguida deve ser juntada em leiras frouxas a assim permanecer ainda por um período de 18 a 19 horas, aproximadamente. Nesse meio tempo, as leiras são reviradas, duas vezes, a fim de facilitar a secagem uniforme da massa. A armazenagem de feno é preferivelmente feita na forma de fardos, confeccionados manual ou mecanicamente.
Utilização da Forragem
A CUNHÃ, ministrada aos animais na forma de verde ou de feno tem apresentado excelente palatibilidade para todas as espécies de herbívoros domésticos. Para melhor aproveitamento, tanto sob a forma de verde como de feno, a forragem da Cunha deve ser triturada.
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